Carros 4 portas: como o brasileiro superou o preconceito contra esses modelos

Demorou muito tempo para esses modelos engrenarem no mercado brasileiro

São José dos Campos-SP, 14 de agosto de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – O Brasil é uma país cheio de peculiaridades quando o assunto é carro.  Entre elas, está o antigo preconceito com carros de 4 portas. Tanto é que, até meados da década de 1990, esses modelos eram até desvalorizados.

Mas, se o carro de 4 portas é mais funcional, qual era o motivo de tamanho preconceito? O Olhar Automotivo vai falar um pouco sobre o assunto.

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Então, tudo começa nos anos de 1960 e 1970, quando esses veículos sofriam grande resistência. A não ser os carros de grande luxo, como o Galaxie 500, LTD e Landau, por exemplo. Nos demais, as duas portas eram quase uma obrigatoriedade.

Carros 4 portas: como o brasileiro superou o preconceito contra esses modelos. Foto: Divulgação
Carros 4 portas: como o brasileiro superou o preconceito contra esses modelos. Foto: Divulgação

 

Um exemplo é o lendário Ford Maverick, um clássico da Ford na década de 1970. O veículos de 6 e 8 cilindros inspirou uma geração. Contudo, quando a empresa lançou a versão quatro portas, ela simplesmente não emplacou. Tanto é que são raros os modelos.

Outros carros maiores na década de 1970 e 1980, como Brasília, Variant e, depois, o Monza, tinham a versão duas portas como prioritárias.

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4 portas: motivo do preconceito

Tudo isso acontecia porque as pessoas entendiam que carro de 4 portas era ‘coisa de taxista’ e ‘frotista’. Inclusive, na década de 1970, o Corcel 4 portas fez muito sucesso entre os trabalhadores da época.

Até mesmo o Opala, que tinha versão de duas e quatro portas, fez mais sucesso com o primeiro modelo. E as versões de 4 portas eram mais raras, mudando apenas no final dos anos 1980, quando o Diplomata se tornou a única versão. Já a Caravan, versão Wagon do Opala, jamais teve versão quatro portas.

Contudo, a partir da década de 1990, a situação mudou. Alguns carros que tinham versão 4 portas no mercado europeu, tinha versão de duas portas aqui, como o Santana. Gradualmente, isso foi mudando.

Afinal de contas, poder entrar no banco de trás sem precisar que o passageiro da frente saia, é uma grande comodidade. Por fim, a manutenção do carro 4 portas não tem grande mudança em relação aos de duas. E, hoje, duas portas praticamente se resume a carros esportivos.

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